Apreciadores preferem marcas portuguesas
O mercado de vinhos em Angola regista um crescimento cada vez maior, numa altura em que a preferência pelas marcas portuguesas é assinalável entre, dominando a concorrência do mercado.
Jorge Torres, director geral da Sogrape, empresa internacional, há quatro anos em Angola, lembra que quando se instalaram no mercado já ele revelava sinais fortes de uma evolução promissora.
Face a este crescimento, a Sogrape teve necessidade de promover ciclos de formação baseados na prova de vinhos e demais técnicas a que a enologia faz recurso, na medida em que os admiradores e apreciadores se tornam cada vez mais exigentes.
“Há, de facto, uma evolução muito grande. Daí termos a necessidade de promover formações dirigidas a restaurantes e supermercados baseadas na técnica de prova. Temos vindo a verificar um interesse crescente nos nossos clientes, mas também no consumidor final, que começa a ser, também, cada vez mais exigente”, reconheceu.
Jorge Torres afirmou que os vinhos produzidos pela Sogrape são da categoria média alta, um factor que leva os consumidores tornarem-se mais exigentes na qualidade do produto que consome, conheça mais e exija maior qualidade.
A rentabilidade, disse, não tem sido grande já que a Sogrape não é um produtor instalado em Angola.
“Não estamos tanto a pensar na rentabilidade. O nosso objectivo é consolidar os níveis de distribuição, ainda que as margens sejam apertadas”, referiu.
O director da Sogrape sublinhou que o vinho é caro e tem uma taxa de importação sobre o preço fixo de 70 por cento, sendo que todas as despesas, entre as quais as de armazenagem são muito onerosas.
Não estamos para perder dinheiro, embora a rentabilidade seja pequena, numa altura em que o interesse da empresa, fundada em 1942, é a consolidação no mercado e o aumento do nível de vendas, afirmou, adiantando: “ Em quatro anos, conseguimos um crescimento de dois dígitos”.
A prioridade da empresa em Angola, referiu, é dar a conhecer a sua marca em todas províncias, na medida em que o país é o número um nas importações dos vinhos portugueses.
Jorge Torres não se manifesta preocupado com a concorrência, pois, disse, os vinhos do novo mundo, como do Chile, África do Sul, Austrália e Argentina são produzidos a partir de uma mesma casta, o que faz com que tenham quase as mesmas propriedades e características. Nisso, referiu, reside a grande diferença com os vinhos portugueses que são produzidos de muitas e diferentes castas, fazendo com que tenham uma diferença enorme eles.
A Sogrape exporta para Angola 200 mil caixas, de 12 garrafas de diversas marcas. Os vinhos mais vendidos são Gazela, líder em vinhos verdes brancos, o Grão Vasco, Mateus Rose e os vinhos do Porto.
Prova de vinhosNum espaço de, aproximadamente, quatro horas, um número considerável de jornalistas foi convidado a participar numa formação sobre vinhos.
Durante a formação, os jornalistas receberam ensinamentos sobre o processo de vinificação de vinhos brancos, tintos, do Porto, Mateus Rosé.
Fonte:
Jornal de Angola